
TEMPO DAS CONCHAS
Apresentará a presença dos povos dos sambaquis no território, primeira população humana do litoral brasileiro. O bairro guarda um sítio arqueológico, muito raro na região, com as marcas da presença dessa comunidade pré-cabralina.

Tempo da Jacutinga e da Conquista Lusitana
Apresentará as marcas da presença e da herança tupinambá fortemente presente na cidade e na Baixada Fluminense e a chegada da conquista portuguesa diretamente ligada a fundação da cidade do Rio de Janeiro, na metade do século XVI. O bairro guarda o complexo patrimonial composto pela Fazenda São Bento do Aguassu e da capela de Nossa Senhora do Rosário dos Homens de Cor. Nas proximidades, no bairro do Pilar também encontramos a Igreja de Nossa Senhora do Pilar. Essas edificações remontam aos séculos XVI E XVII

Tempo dos Beneditinos
Esse painel apresentará a presença da Ordem do São Bento na região, a partir da gestão que esta imprimiu à Fazenda São Bento, do final do século XVI até o inicio do século XX, quando as terras foram desapropriadas pelo governo federal.

Tempo da Hidra de Iguaçu
Esse painel apresentará a rica presença da resistência negra na região. No século XIX, as margens dos rios Iguaçu, Sarapuí e Meriti diversos quilombos resistiram bravamente a escravidão e ao assédio das autoridades da Corte. Essa heroica luta por sobrevivência e liberdade, à época, foi comparada ao ser mitológico grego Hydra de Lerna que sempre sobrevivia quando uma de suas cabeças era decepada por algum agressor, e retomava ainda mais forte.

TEMPO DAS ÁGUAS
Tempo das Águas apresentará o período que compreende as primeiras décadas do século XX, marcada por intervenções governamentais que atuaram fortemente com ações macro de saneamento na região. Em particular as intervenções do governo getulista que vão reconfigurar profundamente a região.

Tempo do Núcleo Colonial São Bento
Apresentará a marcante presença do projeto agrícola governamental getulista, conhecido como Núcleo Colonial, que perdurou da década de 40 a década de 60. O centro urbano do bairro guarda diversas edificações monumentais relativas a esse processo. Originariamente dois grandes armazéns, setenta casas, escola, farmácia, clube social. Boa parte dessas edificações encontram-se ainda habitáveis e foram utilizadas para outros fins ao longo dos anos.

Tempo da Ditadura
esse painel apresentará as dolorosas marcas da ditadura no bairro, na Cidade e na Baixada Fluminense. Duque de Caxias foi considerada Área de Segurança Nacional a partir de 1968, sendo governada por interventores militares e civis, só retomando suas plenitudes democráticas na década de 80.

Tempo dos Patrimônios Reconhecidos
O riquíssimo conjunto patrimonial histórico, cultural e ambiental da região e adjacências. Com destaque para suas manifestações materiais: edificações coloniais e contemporâneas e também as imateriais: como a presença, no bairro adjacente da Vila Rosário, da Folia de Reis Flor do Oriente.

Tempo dos Beneditinos
apresentará a instalação e a relevância do equipamento cultual Museu Vivo do São Bento. Reconhecido nacionalmente, que a dezoito anos organiza e luta pela preservação do Patrimônio da região e da Baixada Fluminense. O Museu é filiado a Museologia Social. Um museu de percurso, que soma a riqueza patrimonial do território às lutas de sua gente por dignidade e vida melhor. O painel também destacará o pioneirismo do departamento de História da Feuduc e da Associação de Professores e Pesquisadores de História (APPH CLIO), que desde dos anos oitenta (80) vêm sendo pioneiros na pesquisa da História, cultura e patrimônio da Baixada Fluminense.

Tempo das Novas Ocupações Populares
Apresentará a luta pela moradia na região e suas transformações urbanas intensas a partir dos anos 80, com ocupações populares na ribeirinha dos rios Sarapuí e Iguaçu, assim como, no território da APA São Bento.

Tempo das Injustiças Ambientais
Apresentará o importante, mas muito agredido panorama ambiental do território. O bairro encontra-se na Área de Proteção Ambiental, APA, do São Bento, primeira unidade de conservação ambiental constituída no município. Diante dele, a Refinaria Duque de Caxias responsável desde os anos 60 pelos altíssimos índices de poluição atmosférica da cidade e da região e o Campo do Bomba, área de interesse arqueológico quilombola são ameaçados pela especulação imobiliária formal e criminosa.

Tempo das Escutas e das Utopias
Um painel de esperanças, nele serão destacadas as lutas por educação, como os CIEPs preconizados por Darcy Ribeiro e Leonel de Moura Brizola, que desde o início de sua implantação enriqueceram o cenário local. Outras vitórias, como a consolidação de atividades culturais e turísticas, como o Encontro de Berimbaus, entre outros.
